Leiria vai receber unidade de produção de biometano a partir de efluentes suinícolas e avícolas

Foto: Direitos Reservados

(08-03-2023)

O concelho de Leiria vai receber um investimento de 20 milhões de euros na criação de uma unidade de produção de biometano a partir dos efluentes agropecuários produzidos na região, um projeto que foi apresentado esta terça- feira no Centro de Interpretação Ambiental, uma sessão que contou com a presença dos representantes da empresa Biojoule Energy, do grupo Molgás, e do presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes.

Este projeto é desenvolvido na sequência de uma candidatura ao PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, através do Programa de Apoio à Produção de Hidrogénio Renovável e outros Gases Renováveis, com duas fases de investimento, que garante solução para cerca de 300 toneladas/dia de efluentes produzidos no concelho, dando um importante contributo para a resolução de um dos principais problemas ambientais da região.

A unidade ficará localizada na freguesia do Coimbrão, junto à ETAR-Norte, onde será instalada a Unidade de Produção de Biogás e Unidade ‘upgrading’ e liquefação, que vai tratar, anualmente, 40.000 toneladas de resíduos avícolas, 40.000 toneladas de efluentes suinícolas e ainda 20.000 toneladas de outros resíduos, prevendo-se uma capacidade de produção de energia de 40-50 GWh/ano, com início de construção ainda este ano.

Trata-se de um investimento liderante nesta área em Portugal, que gera energia suficiente para alimentar o consumo de 81 autocarros urbanos que percorram 200 kms por dia.

Fernando Breda, administrador da Molgás, grupo de que a empresa Biojoule Energy faz parte, realçou o caráter inovador deste projeto na área das energias limpas, integrando-se na estratégia de posicionamento na linha da frente da descarbonização da economia.

Destacando que a unidade do Coimbrão será a de maior dimensão no país na produção de biomentano, Fernando Breda referiu que este é um projeto com ganhos para todos: “Para Leiria, que resolve parte do seu passivo ambiental, para os produtores de resíduos, que encontram uma alternativa de valorização, e também para Molgás que passa a assumir a liderança num setor em crescimento”, disse, destacando ainda ganhos para o país, que reduz a sua dependência energética.

Gonçalo Lopes, presidente da Câmara Municipal de Leiria, realçou que este projeto surge num contexto de mudança de paradigma do destino a dar aos efluentes, passando-se de uma lógica de tratamento para a sua valorização, enquanto matéria prima para a produção de energia.

Referindo-se ao projeto como uma “fábrica de energia”, Gonçalo Lopes defende que este projeto dá um contributo “muito claro e valioso para a resolução do problema dos efluentes agropecuários no concelho”, através de uma solução que apresenta vantagens económicas e ambientais, deixando um
apelo ao compromisso dos produtores no fornecimento dos efluentes à unidade de produção de biometano.

Na sessão, o vereador do Ambiente da Câmara de Leiria, Luís Lopes, efetuou um balanço sobre os primeiros cinco meses de trabalho após a apresentação do plano de ação do município na área do ambiente, que contempla mais de uma dezena de áreas de intervenção, tendo anunciado a criação de um Plano Municipal do Ambiente e de Ação Climática, fomentando um roteiro rumo à neutralidade carbónica, tal como o aumento da resiliência do território às alterações climáticas e o reforço do compromisso de proteção do ambiente natural.

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