14 dos últimos 20 anos foram de pouca chuva

LM Miguel Manso - 13 janeiro 2022 - PORTUGAL, Santiago do Cacem, Vale de Agua, Alentejo - reportagem seca meteorologica - Imagem de drone da Barragem de Campilhas, bacia do sado, distrito de Setubal

(Foto: DR)

(Agência Lusa)

Nos últimos 20 anos só em seis choveu o considerado normal, em relação ao período 1970-2000, indica o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que alerta para secas mais longas e mais abrangentes.

“Em 14 dos últimos 20 anos registámos défice de precipitação em relação ao período 1970/2000, situação que propicia a ocorrência de períodos em que o território continental estará nas classes mais elevadas da seca meteorológica e consequentemente seca agrícola e hídrica”, disse fonte oficial do IPMA em resposta a perguntas da Lusa.

A propósito do período de seca que o país atravessa, com 55% do território continental em classe de seca severa e 45% em seca extrema, o IPMA alerta que em algumas das secas meteorológicas mais recentes os períodos secos duram mais tempo e “têm uma configuração espacial mais abrangente”.

E se ciclicamente a região sul do continente é a que regista maiores períodos de seca meteorológica, nos últimos anos mais regiões ficam em classes mais elevadas do índice de seca, nomeadamente a região norte transmontana e também o norte litoral, explicou a fonte do IPMA.

Se for considerado o ano hidrológico, que vai de 01 de outubro a 30 de setembro do ano seguinte, o atual ano, até à data, é o segundo mais seco de sempre (desde 1931, quando começaram a ser compilados os dados), só ultrapassado pelo ano hidrológico 2004/2005.

Se forem considerados os números apenas entre janeiro e julho (ano civil) o IPMA nota que o ano mais seco foi o de 2005, seguindo-se 2012, pelo que este é terceiro ano mais seco desde 1931.

De acordo com dados da página oficial do IPMA sobre a monitorização da seca, atualizados na segunda-feira, no último ano nunca o país esteve sem seca em alguma região. 

Em julho do ano passado quase 40% do território continental estava normal e o restante em seca fraca, moderada ou severa. A situação agravou-se em agosto (22% do território) mas melhorou nos dois meses seguintes. Só que a partir de novembro piorou significativamente, só 8,1% do território estava então em condição considerada normal, passando a 6,3% em dezembro, ou seja piorando ainda mais.

A partir de janeiro deste ano todo o continente entrou em regime de seca, até hoje. Desde então tem predominado a seca extrema e a seca severa, exceções para março e abril em que a seca foi predominantemente moderada.

Segundo a fonte do IPMA ter áreas do continente em seca desde o início do ano hidrológico é uma “situação recorrente”, especialmente na região sul. Aliás, afiança a fonte, “já ocorreram secas meteorológicas que duraram mais do que um ano hidrológico”.

Este ano, apontou, o mês de março até teve precipitação acima do normal, quer na região norte (aproximadamente 130%), quer na região sul, com aproximadamente 200%.

Segundo a fonte até tem sido registada precipitação, mensalmente, em todo o território, durante o presente ano hidrológico. 

“O que acontece é que os valores são muito reduzidos face ao que consideramos normal, isto é, quantidade de precipitação pouco expressiva quando estamos numa situação de défice de precipitação persistente”, acrescentou.

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